Em um cantinho quase que escondido na Bienal, 160 luminárias simbolizavam o número de coelhos necessários para a confecção de dois casacos. Ronaldo Fraga foi convidado pelo Move Institute a fazer um símbolo para a instituição. O esqueleto de um coelho é o que está estampado em todas as luminárias, nada mais sensato, já que depois de ser abatido, só restam os ossos.
Fotos: Fernanda Lopes
Não entendo a necessidade de que algumas marcas têm em querer incorporar a pele animal em suas coleções. No Brasil o inverno nem é tão severo assim, e mesmo que fosse, não é desculpa. Para quê imitar a Europa se os climas são completamente diferentes? Qual a graça em sacrificar animais para depois vesti-los ? Hoje existe tanta tecnologia que pode ser usada para desenvolver tecidos sintéticos quase iguais ao de pele animal, que não há a mínima necessidade desse tipo de crueldade. Pode parecer meio controverso, mas assim como eu já disse, tenho dificuldade em riscar o couro bovino da minha vida ... É uma coisa na qual estou trabalhando, já que eles são animais como todos os outros.
beijos.
beijos.
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